Níveis de articulação da BE com a escola:(ver em http://www.scribd.com/doc/43655445)
1. Papel do órgão directivo e dos órgãos de gestão e planificação intermédios da escola.
O órgão directivo tem dificuldade em compreender o que vem estipulado na legislação relativamente às competências do professor bibliotecário e da importância da sua equipa: “Por outro lado, no exercício das suas competências, o professor bibliotecário conta com o apoio da equipa da biblioteca escolar, cujos docentes têm de dispor de competências nos domínios pedagógico, de gestão de projectos, de gestão da informação, das ciências documentais e das tecnologias de informação e comunicação” (Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Nov. 2010). Isso significa que parte da equipa não tem formação, não está preparada e não gosta destas tarefas: são docentes que estão pela 1ª vez nas funções, ou que não querem fazer mais nada a não ser ocupar os seus 45 minutos e/ou 90 minutos não lectivos naquele local. Não pretendem fazer formação, alegando variadíssimas razões pessoais.
A assistente operacional tem de fazer formação, mas como não existe outra, temos alguma dificuldade em oferecer-lhe formação e nem sempre existe formação adequada- está nas funções há menos de um ano, não domina as ferramentas TIC e não tem conhecimentos em termos de literacia da informação, digital, etc. Com uma equipa tão pequena, a professora bibliotecária vai ter dificuldade em explicar-lhe o que é para fazer.
Apesar do esforço da professora bibliotecária em articular com as diferentes estruturas, esta Escola Secundária – tem apenas 5 anos- ainda não tem hábitos de trabalho que incluam a BE, a não ser quando os alunos utilizam os computadores da BE e/ou alguns livros/dicionários.
Acresce a esta falta de sinergia bidireccional (continua unidireccional), a resistência em articular que é um problema da Organização, ainda que a BE se preocupe em pedir a colaboração atempada para o Plano de Acção e para o PAA, como até para a compre de 900 euros de material-livro para o 3º ciclo que chegou à escola (sem obter resposta).
A BE não tem dotação orçamental (nem para actualizar as revistas), não está incluída no PTE, nem nunca esteve ( apesar de ser o 1º ano em que cá estou, foi um dos problemas que encontrei).
Em Conselho Pedagógico, quase nunca ou nunca há tempo para se falar destas questões, creio que também não há esse hábito, o que urge alterar.
2.
Trabalho da biblioteca escolar dirigido à escola e aos utilizadores(professores, alunos, pais)
Como não sei o que tem sido feito nos anos anteriores, a não ser o que foi enviado aos órgãos da escola e da RBE, no ano lectivo transacto, apenas posso referir o que tencionamos fazer este ano:
• Proposta de Implementação de um modelo de literacia de informação
• Formação de utilizadores no início e ao longo do ano lectivo
• Dossiês de materiais de apoio curricular disseminados também digitalmente aos Coordenadores
• Informação sobre as actividades, comemorações, links, textos de tipologia diversa aos coordenadores, nos painéis, na blogue, no Jornal da escola, na Rádio da escola e melhoria do nosso site da Biblioteca além de proposta para melhoria do site da RBAL
• Propostas de actividades em articulação com docentes, pais, alunos , Biblioteca Municipal, Museu, reserva natural do estuário do Tejo, Biblioteca Escolar D. Manuel I, entre outras entidades locais e nacionais (Concurso de leitura 3º ciclo e E. Secundário; concursos; Oficina de escrita Criativa; apoio às actividades de substituição, alunos com NEE e alunos de PLNM; trabalho de projecto com a reserva proposto pela BE e apoiado pela BE; Comemoração de alguns dias: 27/10; 26/11; Semana da Leitura; Dia do Livro, Dia Mundial da Poesia; Dia I. da Família- 15/5; Semana da Europa, encontros sobre a leitura, etc…)
• Actualização do catálogo
• Propostas para o Plano Digital de Escola
• Actualização do Regulamento Interno devido a alterações do regimento
• Apoio directo na biblioteca e em sala de aula aos alunos na promoção do livro e da leitura
• Participação efectiva na revisão do PEE
• Os Amigos da BE: grupo de alunos do 7º ano interessados em ajudar a BE
3.
Integração da BE nos Planos e projectos em desenvolvimento na escola •
Participação efectiva na revisão do PEE: neste momento o papel da BE não é sequer referenciado no PEE
• Articulação com o Clube de Cinema
• Coordenação do Clube dos Jornalistas para a elaboração do Jornal
• Articulação com a turma de Marketing do 12º ano : elaboração de cartazes de promoção das actividades da BE e participação no Jornal
• Articulação com a Rádio de Escola para a divulgação de informações
• Articulação com a equipa de NEE
• Plano de Ocupação dos tempos livres: a BE articula com dossiês de materiais e propostas de actividades
• A BE procura articular o seu PAA com todos os grupos e departamentos, mas é uma tarefa difícil, porque em mais de 200 actividades, só 3 partiram dos grupos para articularem com a BE)
• A BE não está integrada no Plano de Literacia Digital (não existe)
• Os outros projectos da escola não incluem a BE como parceira, mas isso não é espectável quando os docentes não frequentam a BE
4.
Liderança do professor bibliotecário
O professor bibliotecário ainda está a conhecer a equipa. Atribuiu as funções, mas precisa de mais apoio da equipa: tem uma equipa de 7 docentes em que apenas 3 parecem gostar destas tarefas. Não têm experiência de Biblioteca e cada um tem em média 90 minutos. Muitos dias só lá está a assistente e o professor bibliotecário. O professor bibliotecário precisará de tempo para articular com os diversos elementos e para preparar as actividades em conjunto: também não há horas em que a equipa possa reunir, a não ser uma vez por semana, quando os grupos disciplinares não marcam reuniões nesse dia ou outra estrutura). É uma liderança que tentar dar primazia à participação, mas é difícil, já que os docentes da equipa têm vários níveis para preparar e têm pouca disponibilidade.
Com a direcção, existe comunicação, mas não há partilha de conceitos, de perspectivas. É um processo que se iniciou há dois meses.
5.
Resultados esperados com a aplicação do Modelo.
Uma BE mais interventiva, mais visível, quer na Escola, quer na Comunidade Educativa. A aplicação do modelo deverá melhorar a articulação curricular e as literacias, com a apresentação dos Planos de Literacia que são essenciais (não existe ainda nenhum plano delineado). Talvez a relação com a Comunidade também saia reforçada. Talvez os docentes passem a encarar a BE como uma mais-valia no desenvolvimento das aprendizagens dos alunos. Maior consciência sobre a gestão e actualização da colecção. Aprendizagem efectiva a partir da formação para a equipa ao nível da leitura e da Web 2.0. Aumento do nº de utilizadores: alunos e docentes.
6.
Resultados esperados em termos do processo de planeamento.
• Maior articulação com a BE de todos os grupos e Dep. ( e vice-versa)
• Uma direcção mais aberta e que entenda o papel do BE na escola
• Aumento do nº de requisições de livros para leitura e apoio aos projectos (12º ano e outros)
• Utilização mais efectiva do catálogo por parte dos utilizadores
• Melhoria dos recursos informáticos
• Uma equipa mais coesa e informada, no que diz respeito à missão e objectivos da BE